sábado, 10 de maio de 2008

"Não quero fazer distinções"

Nunca fui muito de me dar com outras pessoas. Sempre fui de ficar quieto no meu canto. Isso deve-se a não querer discriminar ninguém. Ao escolher uma pessoas com quem falar, estou a discriminar outra, e não quero fazer tal coisa. Sempre vivi assim, e julguei sempre ser a melhor postura em relação às pessoas.

Hoje estou arrependido... Ontem vi a última pessoa que me era querida morrer na minha frente. Eu fiquei parado sem fazer nada. Não quis fazer distinções. Hoje fui visitá-lo ao sítio onde descansa. Perdido no meu pensamento entre arrependimento e pedidos insuficientes de desculpas, o seu espírito ergue-se à minha frente. Agarra-me pelo pescoço e ergue-me. O primeiro som que ouvi foram as palavras "Este soco, vai ser mais pesado que a própria vida" e em seguida foi o som do seu braço a cortar o ar, a embater no meu peito e a guiar-me ao chão. Ao embater no chão, o impacto do punho dele criou uma cratera. A pressão era demasiada para se aguentar... Senti o externo e as costelas a racharem. Pouco depois os meus ossos cederam, e o braço dele atravessou-me o peito. Ao retirar o braço, separou o meu corpo do meu espírito.

"Meu irmão, obrigado!"

1 comentário:

Mauro disse...

É bom que faças "distinções", pois há quem mereça que as faças (não falo de mim obviamente que sou um sacana de merda!)...

Agora em tom mais sério, muito boa reflecção [[]]