domingo, 1 de fevereiro de 2009

Passavam 5 horas da meia-noite quando...

5 da manhã da madrugada de 1 de Fevereiro. Hoje quando me deitei deu-me uma vontade de ver o dia nascer. Ver o primeiro nascer do dia de Fevereiro. Impulso idiota... Nunca tal me tinha passado pela cabeça, mas talvez torne isto um hábito. Seria mais um hábito estranho para adicionar à minha conta. No final de contas, são os nossos hábitos estranhos que nos tornam pessoas interessantes.

Voltando ao assunto... Encontrava-me eu deitado na cama, apenas a olhar para a janela, cuja persiana tinha deixado propositadamente aberta. Estava a olhar lá para fora. A minha gata, cansada de estar debaixo dos lençóis, sai debaixo dos cobertores e deita-se na minha almofada, mesmo ao lado da minha cabeça, e fica a olhar lá para fora como eu. Estava a pensar que estes últimos dois dias foram algo muito surreal. Algo muito calmo e dotado de uma intensidade peculiar a um nível extremo. Coisa que nunca tinha sentido.

A interacção humana é algo muito forte. Algo capaz de mover muita coisa. Algo capaz de ensinar muita coisa. Tudo começou dois dias atrás...

Recebi um convite. Olhando para o céu, pensei recusar, mas de alguma forma uma vozinha me disse "aceita". Aceito? Mudei de atitude e aceitei, pensando "Algo bom vai sair daqui". Na realidade algo de bom saiu de lá. Há dois dias atrás estava deitado no chão do quarto, vestido a olhar para o tecto a pensar "Algo de bom saiu daquilo...", para depois simplesmente me levantar do chão e me deitar na cama.

Ontem conversei um pouco com uma amiga, que a certa altura me deu um pouco dela a conhecer. Não é uma pessoa religiosa. Acredita no destino e segue o próprio coração. Quando a interroguei sobre o que isso significava para ela, ela explicou-me. Explicou-me de uma forma que eu a consegui entender. Explicou-me de uma forma que eu consegui ver a sua filosofia claramente e pensei:

"Aquilo pelo que passei, teria sido uma fatalidade do destino? Teria sido um cheirinho do destino? Que tramas rebuscadas são estas que me confundem, me desesperam, me dão esperanças tolas, e me fazem sentir meio perdido, meio desorientado, e bem feliz por ser assim?".

Aprendi uma coisa engraçada contigo. Deste-me uma esperança que talvez seja irreal, talvez seja falsa, talvez nem esperança o seja, mas deste-me isso. Tens uma filosofia de vida estranha. A minha também o é, é incomum, mas também julgo que seja a diferença que nos torna a todos pessoas interessantes. Espero que a tua filosofia esteja correcta. Espero que funcione para mim. Espero que funcione para ti. Espero que funcione.

Começa a chover. A minha gata boceja, levanta-se, espreguiça-se, entra para dentro da minha cama e encosta-se às minhas costas.

São 6 e 10 da madrugada e decido ir para o computador escrever no meu blog o que pensei.

6 e 23 da madrugada, e acabo de escrever este texto que vocês leram até agora.



Até uma próxima.

1 comentário:

Mauro disse...

Os teus textos estão cada vez mais introspectivos, mais intensos/pessoais, como que num crescente do teu ser e tua personalidade... a libertação do teu Eu!

Havemos de falar desse "convite" e dessa "filosofia de vida"... =)
Já não me lembro como é o nascer do sol...

Acho que devias responder a este desafio: http://asnoitesbrancas.blogspot.com/2008/11/desafio-resposta.html aqui no teu espaço.

Grande abraço