quarta-feira, 1 de abril de 2009

Se o Destino me chamar, irei atrás de ti

Às escuras escrevo. Escrevo apenas com a luz da noite que me entra pela janela. Com cuidado desenho as palavras, letra a letra, no tecto com os meus olhos. Às escuras dou as minhas asas ao pássaro que está no meu parapeito. "Leva-lhe esta carta". Às escuras ele levanta voo rumo a um lugar que desconheço. Leva a minha carta, leva o meu pensamento, leva tudo o que eu preciso, tudo o que eu procuro. Espero que a encontres. Eu não sei onde ela dorme. Onde ela estiver, é onde o meu pensamento está, tu só tens que a encontrar. Tens as minhas asas, tens a minha vontade. Onde estará? Estará tão longe como 500 kms, ou tão perto como 500 metros? Hoje é uma daquelas noites em que sentimos o fogo arder. E tu, tu estavas sozinha, como se não existisse mais ninguém. Tinha que estar contigo e nada mais podia fazer. Debaixo destas estrelas todas, o tempo continuava nosso, mas nas asas de um pássaro voou.

Tens o corpo quente.


Dorme bem. O meu corpo não vai estar ao lado do teu, mas o meu espírito vai manter-te quente caso o teu arrefeça.

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