sábado, 25 de julho de 2009

Filosofia numa chávena de chá

Chá quente. Tenho um vício terrível no que diz respeito a chá. Gosto de deixar o saco mergulhado na água enquanto a vejo escurecer. Deixo lá o saco até a água ficar bem escura. O saco não se retira até a água estar bem escura. Chá preto...

Música de fundo... CD novo, a rodar a primeira vez. Baixinho...

O cenário está montado. Estou no meu templo... No meu mundinho preferido de todo o meu universo. Tudo porque preciso tirar umas pequenas férias da minha própria mente. Da minha essência.

Cheiro do chá a entrar-me pelas narinas. Sou uma pessoa que dá valor à Vida no seu todo. Gosto das coisas boas da vida. Sou uma pessoa que aprecia todo, incluindo odores. Não há melhor sensação que estar sobriamente inconsciente, com o cheiro do chá a inundar o meu nariz. Cheira bem...

Primeira golada... Sinto como que se me tivessem arrancado a alma do corpo. Não me incomodou nem um pouco...


Preciso mesmo de me desligar daquilo que sou, para não pensar no que não devo. É a minha forma de me anestesiar. Uma forma de morrer para o mundo exterior.



Eu penso demais, eu perco-me demais
Mas sei bem o que quero
Sou um rebelde perdidinho
Mas não me importo nem um pouco...
Nomeia o teu deus
Eu não preciso de nenhum
Os meus pais sempre quiseram um filho certinho
Olha o que eles tiveram...


Chávena acabou, hora de voltar à realidade...


Até à próxima...

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